Curso I - Módulo I
Noções básicas dos sistemas eleitorais e da urna eletrônica

 

Aula 02. Ambiente operacional dos sistemas eleitorais e conhecimentos importantes

Os sistemas eleitorais são programas operados por servidores da Justiça Eleitoral que possuem autorização ou permissão de acesso a eles.

Antes de iniciar as ações em um sistema é preciso saber diferenciar em qual ambiente de operação esse sistema funciona e quais são os passos necessários para se obter acesso a ele.

 

É importante saber que:

. Sistemas locais - São instalados nas estações de trabalho, nas quais os dados serão armazenados e operados.

. Sistemas WEB - NÃO são instalados nas estações de trabalho. Tanto o banco de dados quanto as aplicações estão instalados em um computador fisicamente instalado no TSE. O acesso aos dados e aos sistemas se dá por meio de uma conexão e um navegador (browser).

 

 

Sistemas locais

Antes de falarmos dos sistemas locais, conheça alguns conceitos importantes:

Aplicação Segura - Pacote de aplicativo desenvolvido para instalação em estações de trabalho da Justiça eleitoral com o SIS.

SIS - Subsistema de Instalação e Segurança − É um software criado para interagir com os sistemas e aplicações desenvolvidas pela Justiça Eleitoral, que tem a função de conferir segurança na instalação e acesso a essas aplicações e sistemas. Para dar a autenticidade e integridade aos sistemas, o SIS utiliza a Lista Pública de Certificados Digitais.

Lista Pública de Certificados Digitais – O certificado digital é um documento eletrônico que garante proteção às transações online e a troca virtual de documentos, mensagens e dados, com validade jurídica. Assim, os sistemas de informação podem validar e reforçar os mecanismos de segurança online, utilizando a tecnologia para garantir a privacidade e confirmar a autenticidade das informações dos usuários, empresas e instituições na rede.

Domínio - Baseia-se no uso de um servidor, que centraliza a autenticação dos usuários e permite efetuar login em qualquer estação de trabalho daquele domínio.

 

 

Os sistemas locais são aplicações seguras, operadas nas estações de trabalho da rede da Justiça Eleitoral com ambiente SIS e têm seus dados armazenados e processados nos computadores onde foram instalados. Os usuários dos sistemas eleitorais realizam login, com seu título e senha, para ter acesso as suas estações de trabalho por meio da autenticação realizada pelo servidor dos domínios TRE-CE ou Zona Eleitoral (também conhecido como “ambiente zona”).

Embora não utilizem um navegador WEB para acesso, esses sistemas acessam o banco de dados centralizado no TSE e armazenam dados na própria estação de trabalho do usuário.

A utilização do SIS é necessária nos ambientes de Zonas Eleitorais, Centrais de Atendimento e outras máquinas específicas do TRE.

 

 

Como exemplos de sistemas eleitorais locais podemos citar: o Gerenciador de Dados, Aplicações e Interface com Urna Eletrônica – GEDAI-UE, o sistema Transportador e o sistema Flash Backup Restore- FBR, além de alguns aplicativos necessários à segurança e ao funcionamento desses sistemas (o próprio SIS, a Lista Pública de Certificados Digitais, o ambiente de execução java) e o sistema de auditoria Verificador de Autenticação dos Programas – VAP.

Como já dito, esses sistemas são hospedados nas próprias estações de trabalho e para acessá-los é preciso realizar alguns passos: download dos arquivos de instalação, instalação segura dos aplicativos, controle das versões instaladas e atribuição de permissão de acesso aos usuários.

 

Passos que a Zona Eleitoral deve executar para ter acesso aos sistemas locais

1º - Download: Consiste em “baixar” e salvar os arquivos contendo as versões mais atuais dos sistemas eleitorais em uma pasta do computador. Os arquivos com os sistemas e aplicativos são disponibilizados em momento oportuno.



2º - Instalação segura: A instalação dos sistemas locais deve ser feita de forma sequencial e de acordo com as instruções dos passo a passos disponibilizados. Além disso, é efetuada por meio do usuário “instalador” do SIS. Por se tratarem de aplicações seguras, só podem ser instaladas nas estações de trabalho da rede da Justiça Eleitoral.


3º - Controle de Versões: Depois de realizada a instalação, é necessário conferir as versões de cada sistema e aplicativo instalado, para garantir que se está utilizando a versão correta. A verificação é realizada clicando-se no SisDesktop → ícone Controle de Versões.




4º - Atribuição de permissão: é o cadastramento dos usuários e a definição dos níveis de acesso, de acordo com as atividades que cada um vai desempenhar em cada sistema. Para que seja possível visualizar os ícones dos sistemas eleitorais locais em "Sistemas Eleitorais" no "SisDesktop", é necessário possuir a permissão de acesso local (por máquina). Essa permissão é fornecida pelo SIS, por meio do usuário “supervisor” e é realizada pelo Chefe do Cartório Eleitoral, que define quais servidores serão usuários: Administradores / Operadores ou de Consulta, ou que não terão acesso a determinado sistema eleitoral.

 

 

SISTEMAS WEB

Os sistemas eleitorais WEB são aqueles que acessam o banco de dados centralizado no TSE pela internet (WEB). Para isso utilizam o navegador compatível com o ODIN (Mozilla Firefox).

 

ODIN – Sistema de Autenticação e Autorização da Justiça Eleitoral

É um software que integra e gerencia a autenticação e as autorizações dos Sistemas Eleitorais WEB. Cadastra a base de usuários dos sistemas eleitorais web, controla o acesso aos sistemas por meio da autorização de usuários e associação de perfis. Além disso, oficializa os sistemas, permitindo o acesso na base oficial.

São exemplos de sistema WEB:

- Candidaturas,
- Horário Eleitoral,
- *Sistema de Monitoramento (SIMON),
- *Sistema de Totalização (SisTot).

 

NOVIDADE: para as eleições de 2020 o TSE implementará dois sistemas novos, o SIMON que assumirá a função de monitoramento e validação das versões dos pacotes, antes exercida pelo sistema Preparação e o SisTot que fará a importação dos dados para disponibilizá-los ao GEDAI-UE, função que antes era realizada pelo sistema Preparação, e assumirá, também, as funções do sistema Gerenciamento. No próximo curso detalharemos as funções de cada sistema.

 

 

 

Para se ter acesso aos Sistemas Eleitorais WEB é preciso que:

1º. O TRE previamente cadastre na base de identidades no ODIN todos os possíveis usuários de sistemas eleitorais; crie, por localidade (TRE ou ZE) e para cada sistema WEB, os perfis de acesso (Gestor de Autorizações, Administrador, Operador, Consulta, etc.) e associe alguns servidores do TRE como Gestores de Autorizações, de acordo com o setor competente.


2º. Como Gestores de Autorizações, esses servidores do TRE são responsáveis por associar, no Menu Autorizações, os servidores dos cartórios aos perfis de acesso criados, de acordo com as tarefas que vão desenvolver em cada sistema. No Menu Autorizações, o acesso ao sistema é controlado, por meio da associação de cada perfil de acesso em determinado ambiente (TRE e ZE), sistema, fase (simulado, oficial), pleito/eleição.

 

 

Veja a seguir o quadro comparativo que resume as características e diferenças dos sistemas locais e WEB:

 

Segurança	Sistemas eleitorais locais GEDAI-UE, Transportador e VAD/VAP	Sistemas eleitorais WEB Candidaturas, Horário Eleitoral, Simon e SisTot
	SIS Confere segurança na instalação e acesso. Para dar a autenticidade e integridade aos sistemas, o SIS utiliza a Lista Pública de Certificados Digitais.	ODIN O ODIN confere segurança aos sistemas eleitorais WEB que estão instalados nos servidores do TSE.
Acesso ao banco de dados	Embora não utilizem o ODIN, acessam o banco centralizado para buscar e armazenar dados na própria máquina.	Acessam o banco de dados centralizado via WEB. Não armazenam dados na própria máquina.
Acesso	Para acesso é preciso que a Zona Eleitoral execute 4 etapas sequenciais: 1º. Download 2º. Instalação	Para acesso é preciso que: 1º. O usuário esteja cadastrado na base de identidades do ODIN; 2º. Os perfis de acesso (Gestor de Autorizações, Administrador, Operador, Consulta, etc.) estejam definidos;

 

Fase simulado e fase oficial

 

Os sistemas podem ser operados em duas fases:

. Fase Simulado: utilizada durante a realização de testes, simulando uma eleição com dados fictícios.

. Fase Oficial: utilizada nas eleições oficiais, com dados reais e somente poderá ser operada após o procedimento de oficialização.






O procedimento de oficialização não impede o funcionamento do sistema na fase simulado, que poderá ser utilizada para a realização de testes e simulações.

 

 

AUDITORIA DOS SISTEMAS ELEITORAIS

O aplicativo denominado Verificador de Autenticação dos Programas – VAP é o responsável pela verificação dos resumos digitais (hash) dos programas instalados em microcomputadores. O VAP tem como objetivo conferir a assinatura de um determinado sistema eleitoral ou arquivo e avisar caso haja alguma alteração. É um dos sistemas integrantes da certificação digital, responsável por garantir os princípios da segurança da informação como: autenticidade, integridade e irretratabilidade aos arquivos dos usuários e aplicações da Justiça Eleitoral. Além da verificação da autenticação dos programas, é possível, também, verificar a autenticidade dos sistemas eleitorais instalados em microcomputadores, utilizando-se os programas que foram assinados digitalmente na cerimônia de assinatura digital e lacração dos sistemas.

 

 

OFICIALIZAÇÃO DOS SISTEMAS

Oficializar um sistema significa fazer com que ele opere com os dados oficiais. A oficialização torna os sistemas aptos a receber dados oficiais relativos aos pleitos.

Os sistemas eleitorais instalados localmente devem ser oficializados em cada máquina em que foram instalados. Quanto aos sistemas WEB, há necessidade de oficializar apenas em uma máquina.

  

Os sistemas LOCAIS, no caso o GEDAI-UE e o Transportador, são oficializados de modos diferentes:

. A oficialização do GEDAI-UE ocorre com o login - usuário oficial e senha fornecida pelo TSE e enviada pelo TRE-CE ao Juiz Eleitoral.

. Já o sistema Transportador é oficializado automaticamente no primeiro acesso ao sistema, a partir das 12h do dia da eleição, sem a necessidade de senha.

 

Para os sistemas eleitorais WEB, a oficialização na Zona Eleitoral ocorre somente após a oficialização no TRE, realizada pelo Secretário de Tecnologia da Informação. Após esse procedimento, o chefe de cartório, que possui o perfil Gestor de Autorizações, realizará, no módulo Oficializações do ODIN, a oficialização do sistema com a senha fornecida pelo TSE e enviada pelo TRE-CE ao Juiz Eleitoral.

Vejamos o quadro que resume os tipos de oficialização:

 

Sistemas Eleitorais	Oficialização
Candidaturas, Horário Eleitoral, SIMON e SisTot	2 etapas: No TRE – Oficialização do sistema WEB ambiente TRE pelo Gestor de Oficializações TRE (Secretário de Tecnologia da Informação/TRE) com senha fornecida pelo TSE. Nas Zonas Eleitorais – Oficialização do sistema WEB ambiente Zona pelo Chefe de Cartório com senha fornecida pelo TSE e encaminhada pelo TRE.
GEDAI_UE	A oficialização do GEDAI-UE ocorre com o login – usuário oficial e senha específica. Em seguida usa-se a senha fornecida pelo TSE e enviada pelo TRE-CE ao Juiz Eleitoral.
Transportador	No primeiro acesso ao sistema, a partir das 12h do dia da eleição. Não é necessária a utilização de senha.

 

 

Na próxima aula, veremos de onde proveem os dados para as eleições e como eles trafegam entre os sistemas.